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quinta-feira, 24 de maio de 2007

Proliferação


Invasion - Daniel Douke
Estamos diante de uma praga. Ela se alastra sem alarde. Todo mundo vê, mas ninguém se mobiliza para acabar com essa perspectiva. Assunto de alta gravidade, que mudará para sempre nossa cultura, costumes, nossos cotidianos e tarefas do dia-a-dia.

Já se percebe a afetação, pessoas esquálidas, parecendo - e perecendo – vindas de campos de concentração. Seus cheiros se proliferam. Luzes ofuscantes. Estão dominando as ruas.

Incrível como ninguém se mexe. Decerto o dinheiro que rola por detrás desses empreendimentos sustenta o panorama. São várias. Grandes empresas estão envolvidas. O governo não se movimenta. A alimentação das pessoas escasseia.

O comércio se amedronta. Seus espaços são ocupados. Onde antes havia uma padaria, lá estão eles. Lojas são fechadas. Lugares são tomados.

É violento o movimento de conquista.

Em Brasília, certa vez vi que uma rua já tomada. Nada foi feito e ainda hoje continua como dantes. Mesmo a imprensa jogando seus focos para centros como Rio de Janeiro e São Paulo, onde também incidem, não se dá conta do movimento. A invasão é real. Esta aí.

Mas, o que parece uma ação única não é. Tem o consentimento da população que abastece os invasores. Seria então causa dos próprios cidadãos que se rendem a eles.
Razão vista por causa de seus hábitos? A cultura está contaminada. Não há relaxamento dos conspiradores.

Estão por toda parte. Abra sua janela e veja você mesmo. Quantas farmácias ou drogarias consegue avistar? É o tipo de estabelecimento comercial que mais se prolifera. Qualquer dia desses vamos acordar e dar de cara só com farmácias. Será o fim dos tempos!

A atividade só faz crescer retroagir nunca, retroceder jamais. Ou alguém já presenciou um fechamento de uma drogaria? São iguais a filhotes de pombo, ninguém nunca avistou um.

Os domínios poderão ir até além do que se imagina, o poderio poderá ser absoluto.
Já imagino uma entrevista para um emprego:
- Quantos remédios o senhor toma por dia?
- Quatro
- O senhor não acha muito pouco?
- É?
- Não sabe que o recomendado são doze?
- Desculpe, não sabia.
- Solange, mande entrar o próximo.
Um aperto de mãos e um adeus, aquele candidato está eliminado.

Um comentário:

Mariana disse...

Zev, que coincidência. Estávamos discutindo isso aqui no trabalho (a praga das farmácias), e um economista que estuda comércio varejista defende a tese de que o negócio é muito lucrativo, em grande parte, porque vende de tudo, além de remédio: havaianas, comida, papel higiênico etc e tal. Ah, os economistas e sua visão desencantada do mundo!
Bjo