Avistava o paredão incólume.
Mal havia espaço para o céu.
As luzes desviavam para não se chocar.
Lá embaixo o mar borbulhava.
Criaturas noturnas povoavam
O lugar entre as penumbras.
Uma ponte se alçava em arco.
Carros e seus faróis passavam
E iluminavam a estrada seca.
Bambus atraíam morcegos sangrentos.
Uma ruela e um riacho se encontravam
Ali, por onde meu amor passou sozinha.
Suas carnes estavam agora espalhadas
Pelo chão de terra, frio e sem emoção.
Um lobo a atacara até ela desfalecer.
Depois separou suas juntas e pele.
Seu sangue ainda escorria quente
Correndo para as pedras mais adiante
Um manto foi colocado e uma reza feita.
Ali jaz a prima-dona ruiva de voz grave
Suas roupas espalhadas davam a noção
Da batalha que ali acontecera, fugaz.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Sangrento
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5 comentários:
Este post é marcante. Faz pensar nas lutas da vida, quantos vencem, quantos sucumbem.
Gostei.
Vou indicar este no blog com tomates.
Bjo
Uau... Lindo!
Amedrontador, mas lindo.
Bjos.
Oi queridas!
Chris, obrigado pela distinção. Pode indicar sim, será uma honra.
Beijos.
Mari, você é que é linda!
Obrigado mais uma vez pela visita.
Beijos.
Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.
Obrigado pela visita Rodrigo, legal esse negócio de camiseta personalizada. Gostei.
Abraços.
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