Conheci-te numa beira de estrada
rodopiando seu vestido azul.
Seus olhos igualmente azuis me mostravam
o mar que nunca tinha visto.
As águas bravias buscavam
brechas entre as rochas.
Ao fundo se ouvia o trovão e o relâmpago
iluminando a noite celeste.
Queria-te naquele momento
para encher meu coração de ternuras.
Perdido em meio ao nada
de sentimentos e imagens belas.
que só você as poderia trazer
para mim de maneira serena.
As montanhas eram sombras
e as árvores fantasmas.
povoavam meus medos mais
secretos de infância.
A areia se via ao longe dando
um contorno suave à paisagem.
Suas longas madeixas louras,
lisas e brilhantes me ofuscavam.
nos meus mais loucos desejos
de tocá-las e carregá-las.
contra o meu rosto já marcado
pelo duro modo do ser selvagem.
Suas formas desenhavam silhuetas
na parede e no chão.
As curvas se delineavam de forma
abrupta na cintura e quadril.
Todas elas criavam em minha
mente mensagens subliminares.
Das que não se esquecem nem em
todas as vidas que nos vêm.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Devaneios
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2 comentários:
Jornalista, contista e poeta? É bom explorar todas as áreas da escrita, não?
Beijos
Oi Gabi,
quem dera!
Seguimos tentando trazer as emoções da forma mais próxima.
Obrigado pela visita!
Beijos.
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